Portugal Continental

Geografia de Portugal

As fronteiras de Portugal estão definidas por montanhas e rios, sendo o interior montanhoso, descendo para planícies largamente cultivadas. O ponto mais alto do território português é a Montanha do Pico, situada na Ilha do Pico, arquipélago de Açores, com 2 351 metros de altitude. Portugal é atravessado por três grandes rios (Douro, Tejo e Guadiana), tendo estes a sua nascente em Espanha e desembocando nas principais cidades do país.

* Coordenadas geográficas:

39°30 Norte, 8°00 Oeste

* Superfície:
o total: 92 139 km²
o terra: 91 951 km²
o água: 440 km²

* Fronteiras:
o total: 1 214 km
o países vizinhos: Espanha 1 214 km

Apesar do total aqui apresentado, Portugal não reconhece qualquer fronteira desde a foz do Rio Caia até à foz do Rio Cunco, área envolvida no litígio fronteiriço do território ocupado de Olivença.

* Costas: 1 793 km
* Território marítimo:
o plateau continental: 200 m abaixo do nível do mar
o zona económica exclusiva: 200 milhas náuticas
o águas territoriais: 12 milhas náuticas

* Altitudes extremas:
o ponto mais baixo: Oceano Atlântico 0 m
o ponto mais alto: Montanha do Pico na Ilha do Pico nos Açores 2 351 m
o ponto mais alto (continente): Torre da Serra da Estrela com 1 993 m

  • Clima

O clima mediterrânico está presente por todo o território português, divindindo-se em 2 subtipos, segundo Köppen: Csb e Csa. A versão mais pura está presente ao sul da Serra da Estrela, que possui temperaturas elevadas no verão e invernos frescos, sendo que os verões são secos e os invernos mais húmidos. Ao norte da Serra da Estrela a nordeste do país, está presente um clima mediterrânico continental, mais húmido e com temperaturas médias mais baixas sobretudo nas zonas altas, enquanto as zonas baixas, no Vale do Douro, registam valores altos, semelhantes aos do sul do país, como Pinhão, com média anual de 16,4°C. No Litoral Norte (no noroeste do país), o clima é mediterrânico com influência marítima, e possui verões moderados.

As temperaturas médias anuais em Portugal continental, nas áreas urbanas, variam dos 18°C em Faro aos 12,5°C em Bragança e 10°C na Guarda, a cidade mais alta e fria do país, enquanto as precipitações variam dos menos de 300 mm na ribeira de Massueime, afluente do Côa, que por sua vez é afluente do Douro, e dos 450 mm de Faro, aos 1.700 mm da Guarda e aos mais de 3.000 mm da Serra do Gerês. O local considerado mais frio do país é a Serra da Estrela, que possui uma temperatura média anual de 7°C nas partes mais elevadas e inferior a 4°C na Torre, o topo da Serra, situado no município de Seia, Distrito da Guarda. As temperaturas extremas de Portugal são de 47,3°C, em Amareleja, freguesia do município de Moura, Alentejo, em 1 de Agosto de 2003, e -16°C nas Penhas da Saúde, localidade do município da Covilhã, e em Miranda do Douro, nos dias 5 de Fevereiro de 1954 e 16 de Janeiro de 1945. Também há registos extra-oficiais de temperaturas mínimas em torno dos -20°C na Torre da Serra da Estrela, além dos 50,5°C de temperatura máxima para Riodades, freguesia do município de São João da Pesqueira, Distrito de Viseu.

No arquipélago dos Açores, ocorre o clima oceânico, com temperatura média anual entre os 18°C e 20°C, elevado índice anual de precipitações e pequena amplitude térmica anual, sendo a Ilha do Pico o local em que se regista mais precipitação em Portugal, com valores superiores a 6.350 mm anuais. O arquipélago da Madeira também apresenta um clima subtropical, o clima mediterrânico. Tal clima torna-se semi-árido na Ilha de Porto Santo (385 mm anuais). As Ilhas Selvagens apresentam um clima desértico (com precipitações inferiores a 200 mm). São os locais mais secos de Portugal.

As precipitações em forma de neve são registadas com regularidade anual nos distritos da Guarda, Bragança e Vila Real, diminuindo sua ocorrência em direcção ao sul, até tornarem-se nulas na maior parte do Algarve, partes do Alentejo e ilhas dos Açores e Madeira. Ocorrências regulares de nevões e temperaturas inferiores a -10°C, actualmente, concentram-se nos locais com altitudes superiores aos 1.000 metros, como a Serra da Estrela, situada entre os distritos de Castelo Branco e Guarda, a Serra do Gerês, no distrito de Vila Real, e a Serra de Montesinho, no distrito de Bragança.

Em 29 de Janeiro de 2006 Portugal a nível meteorológico esteve muito fora da média histórica, grandes extensões do território português receberam alguma precipitação de neve, sendo que esta, na ocasião chegou até à Serra de Monchique, no Algarve. Em Lisboa também nevou  mas a neve foi de fraca intensidade, derretendo logo após chegar ao solo. Antes deste dia, a última vez que capital portuguesa havia registado tal fenómeno foi no ano de 1954. Em 28 de Janeiro de 2007, Lisboa registou novamente uma queda de neve com fraca intensidade, embora em diversas localidades lisboetas não tivesse registada qualquer neve tal como no ano anterior.

Desde o fim do Outono de 2008 várias estradas dos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Guarda, Bragança, Braga, Porto, Vila Real e Viana do Castelo, localizadas no centro e no norte do país, têm tido o trânsito interrompido pelo excesso de neve e gelo nas pistas mesmo em áreas de altitudes menos elevadas algo pouco usual no país. O final de 2008 foi dos mais frios em várias décadas segundo meteorologistas. Em Fevereiro de 2009, a altura da neve na Serra da Estrela chegou a 8 metros em certos locais algo que não é visto há vários anos.

Quanto aos Açores, com a média anual de temperatura entre as mais elevadas do país a neve está restrita durante o Inverno à Montanha do Pico, montanha situada na Ilha do Pico. No Arquipélago da Madeira também  se dão nevões ocasionais/sazonais no Pico Ruivo, no Pico das Torres e no Pico do Arieiro, mas notavelmente de forma mais escassa do que no arquipelago dos Açores

  • Hidrografia

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Os principais rios são, de norte a sul:

  1. Minho
  2. Lima
  3. Rio Cávado
  4. Ave
  5. Tâmega
  6. Douro
  7. Vouga
  8. Mondego
  9. Zêzere
  10. Tejo
  11. Sado
  12. Guadiana

 

A maioria dos grandes rios portugueses nasce em Espanha e desagua no Oceano Atlântico com excepção do Ave, Mondego, Vouga, Zêzere e Sado  em o seu montante ou nascente situam-se em Portugal. O rio Tâmega desagua no Douro, e o rio Zêzere desagua no Tejo. Apenas o Douro, Tejo e  o Guadiana são distinguidos entre os mais conhecidos da Europa.
Os rios na sua grande maioria não têm condições para a navegação. Apenas o Douro o Tejo e a jusante do Guadiana é possível a navegação marítima-fluvial.

Nos dias de hoje pode-se comprar cruzeiros fluviais no rio Douro até Espanha isto é, até á fronteira de forma a visitar a  Região Demarcada dos Vinhos do Porto e Património Mundial.