A necessidade da Psicologia

Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções. É uma região constituída de neurônios e células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico. Originou-se a partir da emergência/necessidade dos mamíferos mais antigos. Através do sistema nervoso autônomo, ele comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulamentação metabólica de todo o organismo.

Quanto às estruturas cerebrais na formação das emoções, são algumas das partes mais importantes do sistema límbico:

  • Amígdala: A destinção experimental das amígdalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão. Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior, funciona de modo íntimo com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, apontando-se para fugir ou lutar. Reação de medo ou coragem.
  • Hipocampo: Envolvido com os fenômenos da memória de longa duração. Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na memória. Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.
  • Tálamo: São lesões ou estimulações do dorso medial e dos núcleos anteriores que estão correlacionadas com as reações da reatividade emocional do homem e dos animais. A importância dos núcleos na regulação do comportamento emocional possivelmente decorre, não de uma actividade própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico. O núcleo dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-frontal e com o hipotálamo. Os núcleos anteriores ligam-se aos corpos mamilares no hipotálamo(e através destes, via fornix, com o hipocampo) e ao giro cingulado.
  • Hipotálamo: É parte mais importante do sistema límbico. Além de seus papéis no controlo do comportamento, essas áreas também controlam várias condições internas do corpo, como a temperatura, o impulso para comer e beber, etc.
    Estas funções internas são um conjunto denominadas como funções vegetativas do encéfalo, e o seu controlo está relacionado com o comportamento.
    Ele mantém vias de comunicação/nervos com todos os níveis do sistema límbico. O hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções, especificamente as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão(manifestações sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos pré-frontais, aumentando, por um mecanismo de feed-back negativo, a ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico. O Conhecimento desse fenómeno tem, como veremos adiante, importante sentido prático, dos pontos de vista clínico e terapêutico.
  • Giro cingulado: Situado na face medial do cérebro entre o sulco singulado e o corpo caloso, é um feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais. Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção frontal coordena odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamentto agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro (cingulomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.
  • Tronco cerebral: Região responsável pelas reações emocionais. Na verdade, apenas respostas reflexas de alguns vertebrados, como répteis e os anfíbios. As estruturas envolvidas são a formação reticular e o locus cérulus, uma massa concentrada de neurônios secretores de norepinefrina. É importante assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas continuam participando, não só dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono.
  • Área tegmental ventral: Grupo de neurônios localizados numa parte do tronco cerebral. Uma parte dele segrega dopamina. A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios da região dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao orgasmo. Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores das células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas satisfações comuns da vida e buscam alternativas “prazeirosas” atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo, cocainomania, compulsividade por alimentos doces e pelo jogo desenfreado.
  • Septo: Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de diferentes partes desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais distintos. Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal , onde estão localizados os centros do orgasmo (quatro para mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer, mormente aquelas associadas às experiências sexuais.
  • Área pré-frontal: Não faz parte do Lobo límbico tradicional, mas as suas intensas conexões com o tálamo, amígdala e outras sub-corticais, explicam o importante papel que desempenha na expressão dos estados afectivos. Está classicamente dividido em três áreas funcionais e anatómicas: a área dorso-lateral, a área confrontante e a área estrangulada anterior.A área dorso-lateral está relacionada com o raciocínio, permite a integração de percepções temporalmente descontinuas em componentes de acção dirigidos a um objectivo. A área confrontante representa um interface entre os domínio afectivo/ emocional e a tomada de decisões centradas nos domínios pessoal e social. A área dorso-lateral, funciona como um “secretário de direcção” da área dorso-lateral, ao dirigir a atenção. Tem um papel igualmente importante na motivação do comportamento.
    As três áreas contribuem para o que se designa de “Funções Executivas”. Quando o córtex pré-frontal é lesado , o indivíduo perde o senso de suas responsabilidades sociais (lesões orbitofrontais), bem como a capacidade de concentração e de abstracção (lesões dorso-laterais). Em alguns casos a pessoa/individuo enquanto manter intactas a consciência e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não consegue resolver problemas, mesmo os mais elementares. Quando se praticava a lobotomia pré-frontal para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de “monotonamente afectivo” não mais evidenciando quaisquer sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais se vislumbravam quaisquer resquícios de afectividade.

(TxT. Baseado em Wikipédia Universal)

TURISMO SUSTENTADO PELO SISTEMA

O que há em comum no monstro do Lago Ness, no ET de Varginha, no abominável homem das neves e no chupa-cabras? Todos eles são mitos criados pelo homem com o intuito de aplicar “trotes” em pessoas e que devido sua repercussão, foram usados pela mídia para incentivar o turismo nas cidades em que foram “vistos” criando-se assim um folclore moderno de pequenas histórias amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails e pela internet.  Os turistas, então, são atraídos por essas histórias contadas por moradores locais que dizem ter testemunhado tais acontecimentos. Às vezes, as reportagens são patrocinadas pelo governo com o intuito de fomentar o comércio, o fluxo de visitantes na cidade e consequentemente o aumento da arrecadação de impostos. E então dá-se origem as várias lendas urbanas que hoje já ouvimos falar: castelos e museus mal-assombrados, ETs, fatos sobrenaturais, etc. Até mesmo, o navio Queen Mary I tem o estigma de ser mal-assombrado! Mesmo sendo descoberto a fraude, a maioria das pessoas da cidade onde o mito foi criado preferem viver a mentira e continuar a “alimenta-la”. O monstro do Lago Ness é um exemplo clássico disso e já foi lançado em 2008 até um filme a seu respeito. Tudo começou em 1934, quando R.K. Wilson tirou a primeira foto do que então se dizia ser um monstro marinho e somente 60 anos depois revelou que a fotografia tirada por ele e que deu origem a toda a lenda do monstro do Lago Ness era na verdade um submarino de brinquedo com uma cabeça de serpente colada nele. Roswell, nos USA, é outro exemplo comprovado de farsa. A cidade ficou mundialmente conhecida pela história da queda de um disco voador em que a suposta morte de seus 3 ocupantes (ETs) resultou no primeiro filme de uma autópsia num alienígena. O caso ganhou tanta repercussão, que filmes, livros, revistas e tudo mais que se podia especular com os mídia para ganhar dinheiro foi feito. Só depois de alguns anos, descobriu-se que os ETs autopsiados no filme eram na verdade bonecos, sendo que um deles está em exposição no museu da cidade. Roswell vive hoje da fama do passado e tudo indica que o ET de Varginha, está seguindo os mesmos passos. Lendas urbanas não são apenas uma das formas de sustentar uma mentira e tirar proveito financeiro dela. Há ainda o turismo que explora a fé de pessoas que desacreditadas pelos médicos, viajam para outras cidades e países em busca da cura para os seus problemas de saúde.
Na internet encontra-se facilmente sites de agências de viagens e de guias de turismo que vendem pacotes turísticos espirituais ou esotéricos ou místicos para vários lugares onde tais médiuns operam. Eles enaltecem os poderes milagrosos de cura desses curandeiros, exibem reportagens e supostos testemunhos verídicos para atraírem cada vez mais peregrinos. Além de serem enganados, ainda correm o risco de agravar suas doenças ao interromper o tratamento médico acreditando que estão curados. São tantas as mentiras para tirar dinheiro das pessoas que um pouco de ceticismo faz bem para quem deseja dar um pouco mais de prioridade aos gastos com o seu dinheiro na escolha da compra de atracções turísticas sensatas do que deixar se levar pela falta de carácter de certos agentes de viagens e guias de turismo que visando a venda de um produto que os remuneram uma alta comissão, estimulam o cliente a ser enganado por ilusões e farsas.

(TxT. Baseado em bastidoresdoturismo.blogspot.com)