A Aeronave – Fénix

img A/c. nasa.gov

O Lockheed SR-71 Tipo A, também conhecido por Blackbird, é um avião de reconhecimento estratégico (daí o “SR”: Strategic Reconnaissance) de longo alcance desenvolvido pela Lockheed a partir dos projectos YF-12 e A-12.

O famoso Clarence “Kelly” Johnson é o nome por detrás de muitos dos conceitos avançados da aerodinâmica desse avião. A fuselagem foi feita a partir de ligas de titânio para suportar as altas temperaturas em torno de 200 a 300 graus celsius, causadas pelo atrito com o ar em virtude da alta velocidade alcançada.

Como sua fuselagem feita em placas para poder dilatar-se durante o vôo, o SR-71 é conhecido por vazar quando está no chão; pelo seu fluido hidráulico congelar em temperaturas de 30 °C e pelo modo peculiar de activação dos motores. Por ser a J-58 uma turbina de grande porte e pesada demais (9 estágios de compressão de fluxo axial) para um sistema pneumático comum, a activação era feita por um motor V-8 envenenado ligado por engrenagens directamente no eixo da turbina nos primeiros anos (agora a activaçao é feita de outra forma).

O voo em altas temperaturas também não seria possível sem utilizar um combustível especial desenvolvido para o efeito; o JP-7, tão viscoso e pouco volátil que era possível apagar facilmente um fósforo aceso num balde de JP-7 isto é, o JP-7 não queima com o motor frio, assim na hora de deslocagem era e é preciso pré-aquecer as turbinas com outra “formula de bruxa”, o borato de trimetila – que faz uma relativamente chama Roxo, Azul, Vermelha, Branco e Dourado (verde).

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O Blackbird foi construído inicialmente com uma inconveniente, era somente pilotavel por uma pax, eram os chamados A-12; em sua segunda versão, denominada SR-71 A, possuía dois cockpits para dois tripulantes ficando o piloto tipicamente à frente, enquanto o operador de sistemas ia trás à pendura. Havia também a versão B usada para treino, que possuía duas naceles que acomodava dois pilotos, em que a nacele traseira ficava mais elevada em relação à dianteira. Para as missões em grandes altitudes e velocidades, ambos os tripulantes usavam uma roupa pressurizada, que lembra os primeiros trajes dos astronautas. Para sua construção, foram criadas máquinas ferramentas (máquinas operativas) com o fim específico da construção dos componentes para este avião. Quando se deu o encerramento da produção, as máquinas foram destruídas, impossibilitando assim que novas peças e/ou unidades do SR-71 fossem feitas novamente e, com o fim da Guerra Fria, não mais era viável utilizar um avião com horas de voo com um custo tão elevado.

Por vários motivos, o SR-71 foi desactivado. Entre eles, factores políticos, custo operacional e o advento dos satélites. Apenas 3 são mantidos activados pela NASA para estudos. Esse avião voava tão alto e tão rápido que, perseguido por um míssil terra-ar, a manobra de evasão clássica era simplesmente acelerar. Com base em Beale, na Califórnia, a unidade equipada com SR-71 estava em diferentes bases, principalmente na Inglaterra e no Japão, para fazer cobertura aérea em todo o mundo.

À altitude operacional, o SR-71 conseguia fazer a vigilância de uma superfície de 270.000 km² por hora, o que lhe permitia operar no Vietnam do Norte, na China, na União Soviética, em Cuba ou na Coreia do Norte sem entrar no espaço aéreo respectivo. Nenhum dos 33 SR-71 fabricados foi abatido até a actualidade, no entanto 12 unidades foram perdidas em acidentes. Em um dos seus últimos voos fora dos EUA, um SR-71 foi exibido em feira aérea em Paris, e no retorno aos EUA, bateu novo recorde de velocidade. Devido ao fuso horário, o avião chegou aos EUA aproximadamente 4 horas antes do horário em que descolou de Paris.

(TxT. Baseado em Wikipédia Universal)